sexta-feira, 16 de maio de 2014
São Simão Stock
1165-1265
MANIFESTAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SÃO SIMÃO STOCK
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo.
Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo.
Não
se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se
fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra
rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém – Alberto.
Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa.
Dois
nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo,
para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela
mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, havia vinte anos,
habitava na solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore.
O
nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos
carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela
Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do
Carmo.
Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
A Ordem começou a sofrer muita oposição, e Simão Stock fez uma viagem para Roma.
Honório
III, avisado em misteriosa visão que teve de Nossa Senhora, não só
recebeu com toda deferência os religiosos carmelitas, mas aprovou
novamente a regra da Ordem.
Simão Stock visitou depois os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um
capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência
para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem
livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a
Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
A
Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé,
começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico.
Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.
Homem
de grandes virtudes, privilegiado por Deus com os dons da profecia e
dos milagres, empregou Simão Stock toda energia para propagar, na Ordem e
no mundo inteiro, o culto mariano.
Sendo
devotíssimo a Maria Santíssima, desejava obter da Rainha celestial um
penhor visível de sua benevolência e maternal proteção.
Foi
aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, a renovar o
pedido, Nossa Senhora se dignou aparecer-lhe. Rodeada de espíritos
celestes, veio trazer-lhe um escapulário.
“Meu
dileto filho – disse-lhe a Rainha do céu – eis o escapulário, que será o
distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que
alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que
morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
Estando-lhe
assim satisfeita a maior aspiração, Simão Stock tratou então de
divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a
participar dos grandes privilégios anexos.
Extraordinária foi a afluência a tão útil instituição.
Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos.
Numerosos
tem sido os príncipes que pediram ser inscritos na irmandade, como
Eduardo III da Inglaterra, os imperadores da Alemanha, Fernando I e II e
reis da Espanha, de Portugal e da França, além de muitas rainhas e
princesas de diversas nações.
O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico.
Neste
sentido, só é comparável ao Rosário. Como este, também teve
adversários; como o Rosário, também o escapulário tem sido agredido com
todas as armas da impiedade, da malícia, do escárnio e do ódio.
Mas
também, como o Rosário tem experimentado o efeito poderosíssimo da
proteção da Mãe de Deus; só assim é explicável o fato de ter o
escapulário passado incólume através de 750 anos e, hoje em dia, mais do
que nunca, gozar da predileção do povo cristão.
Se
bem que a visão que São Simão Stock afirma ter tido de Nossa Senhora,
não possuía o valor da autoridade de artigo de fé, tão averiguada se
apresenta, que desfaz qualquer dúvida que a respeito possa subsistir.
É Relatada com todas as minúcias pelo confessor do Santo, padre Swainton.
Aprovada
por muitos Papas, a irmandade do escapulário foi grandemente elogiada
por Benedito XIV; mais de cem escritores dos séculos 13, 14 e 15, dos
quais alguns não pertenciam à Ordem Carmelitana, se referem à visão de
Simão Stock como a um fato que não admite dúvida.
As universidades mais célebres, as de Paris e Salamanca, declaram-se igualmente a favor.
Dois
decretos da Cúria Pontifícia, exarados pelos cardeais Belarmino e de
Torres, declararam autêntica e verídica a biografia de São Simão Stock,
que contém a narração da maravilhosa visão.
PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO
Dois
são os privilégios da irmandade do escapulário, privilégios deveras
extraordinários, que mereceram à instituição tão grande simpatia por
parte do povo cristão.
O
primeiro desses privilégios Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no
ato da entrega do escapulário disse ao seu servo São Simão Stock:
“É
este o sinal do privilégio, que alcancei para ti e para todos os filhos
do Carmelo. Todos aqueles que estiverem revestidos com este hábito,
ver-se-ão salvos do fogo do inferno”.
O
sentido desse privilégio é este: Maria Santíssima prometem a todos os
que usam o hábito do Carmo, sua proteção especial, principalmente na
hora da morte, que decide a história da humanidade.
O
pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a confiança em
Maria Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de
sair do estado do pecado, pode seguramente contar com o auxílio de Nossa
Senhora, a qual lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança.
O escapulário não é um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar.
Contam-se
milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas
unicamente ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo; muitos também são
os casos que mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a quem,
de maneira nenhuma, se quer separar do pecado e levar uma vida digna e
cristã.
Santo Agostinho diz a verdade, quando ensina:
“Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode salvar sem que o queiramos e desejemos”.
Quem
não quer deixar de ofender a Deus, morrerá na impenitência; e se Maria
Santíssima não ver a possibilidade alguma de arrancar a alma do pecador
aos vícios e paixões, fará com que na hora da morte, por uma casualidade
qualquer, não se encontre o hábito salvador, o que se tem dado muitas
vezes.
O Segundo privilégio é o tal chamado “privilégio sabatino”.
Um
decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613, dá
aos sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a seguinte
doutrina:
“O
povo cristão pode crer no auxílio que experimentarão as almas dos
Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este,
segundo o qual todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em
vida usado o escapulário, conservado a castidade própria do estado,
recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler,
tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência
nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num
destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da
Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao trânsito, por
ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora (Bula sabatina de
João XXII. 3, III 1322)
Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII.
“A
bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se limitou a cumular de
privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho
verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte
são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles
filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz
entrada na Pátria Celestial”.
Para se tornar membro da Irmandade, é necessário que se cumpra as seguintes condições:
1. Inscrição no registro da Irmandade.
2.
Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para
fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um
escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por
descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos
privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente.
3.
Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A
ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o
Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma
Ave-Maria e Glória. As bulas pontifícias nada prescrevem a este
respeito desde o princípio, porém, se tem observado a praxe de fazer
essas devoções diárias.
4.
O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria
do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder
cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de carnes nas
quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano
e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para
isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em outras
equivalentes.
5.
Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se
tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente
que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade
respectiva. Não se exige para eles a cerimônia da recepção e da
inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem
rezar diariamente algumas orações em honra de Maria Santíssima.
(4-1-1908).
A
Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é enriquecida de muitas
indulgências, podendo todas ser aplicadas às almas do Purgatório, com
exceção da indulgência plenária na hora da morte.
REFLEXÕES
O
fim, pois, que a irmandade de Nossa Senhora do Carmo se propõe é:
propagar o reino de Deus, por meio da devoção a Maria Santíssima,
meditar nas virtudes da Mãe de Deus e imitá-las, merecer uma proteção
especial de Nossa Senhora, em todos os perigos do corpo e da alma,
alcançar-lhe bênção na hora da morte e a libertação das penas do
Purgatório.
O
Escapulário é o hábito da salvação. Para que o possa ser, é preciso que
seja a vestimenta da justiça. Se o maior interesse de Maria Santíssima é
salvar almas, desejo maior não tem, senão que seus filhos se apliquem à
prática das virtudes, do amor de Deus e do próximo, que sejam
pacientes, humildes, mansos e puros e trabalhem pela santificação de sua
alma.
A história da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural.
O escapulário tem sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades espirituais e materiais.
Para
que nas mãos de Nossa Senhora possa ser efetivamente instrumento de
salvação, indispensável é o renascimento espiritual de quem o leva, o
cumprimento fiel dos deveres do estado de quem se diz devoto a Nossa
Senhora do Carmo.
Certamente, não é devoto a Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a Deus sem cessar.
ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO CARMO
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo!
Vós
que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito
escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa
maternal proteção.
Fortificai
minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito
com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade.
Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho.
Assisti-me
durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável
presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo
dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a
eternidade.
Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
(3 Ave-Marias e Glória ao Pai)
Simão
nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai
era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país.
A
família, cristã e pia, proporcionou-lhe uma formação intelectual e
religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente, freqüentou o colégio
de Oxford desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma
carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder
seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.
Aos
doze anos, deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se
para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua
existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era o velho tronco
oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge
passou a ser chamado de Simão "Stock". Assim ele viveu por vinte anos,
empenhado na contemplação, na oração e penitência.
Certa
noite, sonhou com Nossa Senhora, que lhe dizia para juntar-se aos
monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma
das mais antigas e a primeira criada em homenagem a Maria naquele
mosteiro na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão
obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em
teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos
monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e
evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram à Inglaterra. Simão pôde,
finalmente, receber o hábito da Ordem.
Após
dois anos, por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção
da Ordem. E finalmente, em 1216, ocupou o cargo de vigário-geral de
todas as províncias européias.
Era
o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos
por outras ordens, e a dos carmelitas quase foi extinta. Diante das
circunstâncias, Simão Stock, então prior-geral, enviou delegados ao papa
Honório III para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção.
Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda a
Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de
Roma.
Primeiro
veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração
contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, que
lhe mostrou o santo escapulário da Ordem, dizendo-lhe: "Este será o
privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se
salvará". Mandou distribuí-lo aos monges da Ordem para tranqüilizá-los.
Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.
Depois
chegou a decisão do papa Inocêncio, por meio de uma mensagem datada de
13 de janeiro de 1252, entregue a ele pelos representantes que voltaram.
Nela, o sumo pontífice informava que declarava a existência legal da
Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus
mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a
mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica
oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou
apostólicos.
A
devoção ao escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do
Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do
próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu,
com quase cem anos, em 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na
França, onde foi enterrado. A festa a são Simão Stock é celebrada, no
dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e
incluiu no seu calendário litúrgico.
SÃO SIMÃO STOCK, Presbítero
“Vós sois meus amigos, se praticais o que eu vos ordeno.”
O caminho doloroso do Messias é também o caminho do discípulo e de todo cristão.
São
Simão Stock foi eleito Geral da Ordem em 1245. Alcançou de Sua
Santidade, o Papa Inocêncio IV, três Breves honoríficos para a Ordem.
Como nessa época desejassem anular o título de Irmãos da Bem-Aventurada
Virgem Maria, estando em oração na noite de 15 para 16 de julho, pediu à
Santíssima Virgem que concedesse à sua Ordem um sinal que a
distinguisse e defendesse. A Santíssima Virgem apareceu-lhe tendo nas
mãos o hábito da Ordem e lhe disse: “Este será o privilégio para ti e
todos os Carmelitas; quem morrer com ele, não padecerá o fogo eterno.”
Faleceu a 16 de maio de 1265, tendo passado toda a sua vida no serviço
da Santíssima Virgem Maria.
Nasceu
em 1165 em Aylesford, no Condado de Kent, Inglaterra. Muito pouco se
conhece da mocidade deste santo. A lenda diz que ele começou a viver
como eremita em um buraco dentro do tronco de um gigantesco carvalho. O
nome Stock seria derivado do inglês antigo para determinar um tronco de
uma árvore. Era um pregador itinerante. Fez uma peregrinação na Terra
Santa, mas teve que sair quando os muçulmanos começaram a perseguir os
cristãos. Voltou à Inglaterra e entrou para a Ordem dos Carmelitas.
Viveu e estudou vários anos em Roma e no Monte Carmelo. Eleito o Sexto
Superior Geral dos carmelitas em 1245 com aproximadamente 82 anos. Ainda
com grande energia ajudou a Ordem a se espalhar através da Inglaterra e
o sul e oeste da Europa. Fundou casas em Cambridge em 1248, Oxford em
1253, Paris em 1260 e Bolonha em 1260. Revisou a regra da Ordem para
incluir nelas os frades mendicantes, no lugar dos eremitas. Apesar do
seu sucesso a Ordem estava oprimida por todos os lados inclusive pelo
Clero e outras Ordens. Os frades Carmelitas levaram seus pedidos a sua
padroeira, a Virgem Maria. A tradição diz que em resposta, ela apareceu
para São Simão trazendo para ele o “escapulário marrom dos Carmelitas.
“Isto será um privilégio para você e todos os Carmelitas, disse ela,
“aquele que morrer com este escapulário será salvo!” A partir dessa
misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelita refloresceu
em todo o mundo eo Escapulário passou a percorrer sua milagrosa
trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e
com toda a humanidade. Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu
ao Papa João XXII e lhe fez nova romessa, considerada como complemento
da primeira: "Eu, como tema Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório
no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e os conduzirei ao
Monte Santo da vida eterna." O notável Santo Alfonso Maria Liguori tinha
grande devoção ao santo escapulário. Em várias fotos suas ele aparece
segurando o santo escapulário com as duas mãos, e propagava esta
tradição como realidade, dizendo que deseja morrer em uma sexta feira,
porque no dia seguinte a Virgem Maria o levaria para junto de Jesus. Em
13 de janeiro de 1252 a Ordem recebeu uma “Bula de Proteção” do Papa
Inocêncio IV protegendo a Ordem de quaisquer embaraços. Diz a tradição
que São Simão, às vezes, perdia a paciência, e quando estava a pregar e a
multidão não prestava atenção, no poder de Jesus com o qual ele estava ,
ele simplesmente curava um paralítico ou um cego com sua oração e
benção, para mostrar ao povo o poder de Jesus. Por isso ele era amado e
venerado como um homem santo, mesmo antes de sua morte. São Simão
faleceu de causas naturais durante uma visita a um dos seus Monastérios
da Ordem, em Bordeux na França em 16 de maio de 1265. O seu crânio foi
trasladado para o Mosteiro Carmelita em Aylesford, devidamente
restaurado, Inglaterra, em 1951. Ele é padroeiro de Bordeux, França. Não
foi, formalmente, canonizado, mas é venerado pelos Carmelitas desde
1564 e o Vaticano aprovou a celebração de sua festa no dia 16 de maio.
Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado 1) como um Carmelita
segurando o escapulário; ou como um Carmelita recebendo o escapulário da
Virgem Maria, ou 3) como um Carmelita rodeado de almas do purgatório ;
ou 4) Como um velho Carmelita em prece.
“A
união da alma não consiste pois, em recreações, nem gozos, nem
sentimentos espirituais, e sim numa viva morte de cruz para o sentido e
para o espírito no interior e no exterior.”
São João da Cruz – 2S 7,11
Cartas de Santa Teresa de Jesus em 16
1582
– C 426 – À Irmã Leonor de La Misericórdia, em Soria. Aconselha-me que
trate com toda sinceridade das coisas de sua alma com Padre Gracián, que
ia a Soria. Sobre o casamento de D. Frances de Beaumont. Lembranças. A
fundação de Pamplona.
Destacam-se
entre os Papas devotos do Escapulário Inocêncio IV, João XXII,
Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VII, Urbano VII, Nicolau V,
Sixto IV, Clemente VII, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Alexandre VII,
Pio IX, Leão XIII, Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, que com bulas
apostólicas aprovaram os seus privilégios, e cumularam de favores as
Confrarias do Carmo.
As
declarações dos Papas, são expressões mais autorizadas do autêntico
pensar da Igreja. Eles não têm apenas dado o exemplo, usando o hábito do
Carmo, como também estimularam e aconselharam a usá-lo e premiaram esta
devoção.
Podemos
citar entre os nomes dos santos que usaram o Escapulário, os de S.
Afonso, S. Pedro Claver, São Carlos Borromeu, São Francisco de Salles,
S. João Vianney, B. Batista Mantovano, S. Pompilio Pirrotti, S. João
Bosco e todos os santos carmelitas.
A
ele deve-se por direito a Aparição e Promessa do Santo Escapulário do
Carmo, com os enormes benefícios que proporcionam a toda a humanidade.
Diz o Santoral que São Simão Stock rezava assim , diariamente, pedindo
por sua Ordem:
"Flor do Carmelo
Vinha florida, esplendor do céu;
Virgem fecunda e singular;
ó doce Mãe, de varão não conhecida;
aos carmelitasproteja seu nome,estrela do mar.
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