30 de julho - Dia de São Pedro Crisólogo
São Pedro Crisólogo
380+450
Pedro
Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o
significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se
tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de
Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título,
assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.
Filho
de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono.
Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era
assistido, freqüentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus
filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para
que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade
era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole
eclesiástica.
Mais
tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla
Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo
tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo
consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.
Pedro
Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho
popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma
simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis
conversões.
Em
448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo,
Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele,
morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o
Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só
natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente,
mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.
Pedro
Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns
historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado
pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu
falecimento.
A
autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe
outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento
XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de
contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal
de pastor para a Igreja.
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