segunda-feira, 19 de maio de 2014

William Thomas Walsh
Livro de 1949 - 198 págs


    "A mais singular e a mais bela das histórias que já ouvi refere-se a um fato que se deu entre 1916 o 1920, na região montanhosa chamada Serra do Aire, centro geográfico de Portugal. Três pastorinhos, dos quais duas meninas, a mais velha de dez anos e a mais moça de sete e um menino de nove, contaram ter visto seis vezes uma Senhora toda vestida de luz, em cima de uma arvorezinha. Falava-lhes e em seguida desaparecia. Na última das aparições, na presença de 70000 pessoas, realizou admirável milagre para provar a veracidade do que as crianças diziam. Dois dos pastorinhos morreram logo, como a Senhora o predissera. O tempo confirmou mais tarde as outras profecias: a Revolução Bolchevista; os horrores da II Guerra Mundial; a ameaça do Marxismo a pairar atualmente pelo mundo todo. A Senhora afirmou que, se seus desejos fossem atendidos, Ela haveria do converter a Rússia e a paz reinaria no mundo; do contrário, muitas nações da Terra seriam flageladas e escravizadas. [...] Este livro é baseado nas quatro Memórias escritas pela Irmã Maria das Dores, e, principalmente, na longa conversa que travamos, na qual colhi elementos preciosos. [...]
   Ninguém, crendo em Deus e na imortalidade da alma, poderá ter por inverossímel que a Mãe do Cristo, o Verbo Encarnado, se tenha revelado, nas várias crises do mundo, a pessoas privilegiadas. Dessas aparições, muitas foram confirmadas como, nos tempos modernos, as de  Lourdes e Santa Bernardete. Mas, por que deveria Ela aparecer em Portugal, em 1917, e num lugar tão deserto e inacessível como é a Serra de Aire? [...]
  Ao tentarmos uma explicação deste fato, devemos compreender que a Mãe de Cristo aparece onde Deus quer e onde Lhe apraz. Os portugueses pensam ter sido favorecidos, se não porque Portugal foi sempre chamado TERRA DE SANTA MARIA, pelo menos porque os humildes das cercanias de Fátima costumavam reunirse para rezar o Rosário com incontida devoção; costume este que perdurou, mesmo durante os séculos que em outros lugares foram marcados por tantas apostasias e revoluções. A Cova da Iria — é o ermo selvagem em que se deu a aparição; está situado a algumas milhas a oeste do Fátima — e foi assim chamado, provavelmente, por lá ter sido construída, outrora, a ermida da santinha mártir Santa Iria ou Irene. [...]
   Meu interesse por este assunto surgiu de uma conversa com os Reverendos Padres João C. Rubba, O. P., o P. William A. Hinnebusch, O. P. do Colégio Providência. Alguns dos relatórios publicados então sobre o assunto eram tão discordantes, que me veio a ideia do ir a Portugal para esclarecer certos pormenores antes de empreender a publicação desto livro [...]
   Este livro não e produto de ficção. Devo os principais diálogos à memória precisa da Irmã Dores.
   O interesse da história em si — o qual já seria bem grande mesmo que esta nada mais fosse que ficção — é insignificante comparado à mensagem que a Autora Divina se propôs revelar. Voltei de Portugal convicto do que nada é mais importante do que propalar o que a Mãe do Deus pediu nessas aparições de 1917 e que, por motivos diversos, foram tão descuidadas, tão deturpadas, tão incompreendidas. O futuro de nossa civilização, de nossa liberdade, de nossa própria existência pode depender da aceitação completa dessas suas ordens."

OBS: Gostaria de agradecer ao leitor que, com a graça de Deus e o auxílio de Nossa Senhora, pode digitalizar esta excelente obra para ser divulgada.
Que Nossa Senhora de Fátima retribua a sua generosidade!

Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos.
Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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